11.5.07

De Ana, nasca de bacana

no TOPO

lá no alto
nem se eu estivesse de salto!
o cabelo mutante
com uma mente brilhante
e ainda gosta de fumante

teu silêncio já não é estranho
não incomoda
nem afoga
meu som mudo também não
passamos rápido por essa situação

me faz rir
e eu nunca consigo mentir
ele sorri escondido
um sorriso meio mordido
me deixa nervosa
de bochecha rosa
me deixa irritada
mas depois cai na risada

novo amigo
voce estava escondido?
demorei tanto tempo
será que eu estava ao relento?
pra encontrar esse tesouro
mais valioso que ouro

assim fico na riminha
idiota de criancinha
que mostra que consegue rimar
depois de ter aprendido o beabá

um dia seremos grandes
pisaremos em nuvens
e conheceremos gigantes
enquanto esse dia não chega
vamos brincar de ser gente
nesse mundo cinza
com as pernas pra cima

cansei de rimar
agora só palavras a rolar
se um dia essa rima colar
eu quero morar no mar
e ficar o dia todo fazendo bolhas no ar
e debaixo d'agua conseguir respirar
as palavras são muito fáceis terminadas no bar
então: vamos mudar


basta querer
pra crescer
emudecer
lamentar
chorar
e desabar
quero uma palavra feliz
com pinta vermelha no nariz
vestido verde no chafariz
e a nossa meretriz?

lá no topo
bem alto pra mim
existe uma pessoa ímpar
aqui embaixo em mim
existe uma pessoa par
você pode ser você pra sempre
basta querer
não deixar a voz te mudar
nenhum sorriso esconder
e nunca parar de falar!

topinho
topeira
no topo, a sua maneira
garçom por favor:
a saideira!

assim de presente
te dou essa rima banal
nada de citação fatal
mas saiba que para nascer
precisei primeiro espairecer
pra logo perceber:
gosto muito de você.